Dia desses, durante esta semana, ouvia, numa rádio de Manaus, mais uma notícia sobre o jovem de 14 anos que tinha sido quase executado por um grupo de cinco policiais, em agosto do ano passado, no Mutirão, na Cidade Nova. Após a manchete da apresentadora, o “âncora” chamou para a matéria principal e disse que havia novidades sobre o assunto, pois o jovem era acusado de, aos 14 anos, já ter até cometido homicídio. “E isso muda um pouco a situação”. Fosse o mais frio dos assassinos, ainda que não fosse menor, a Polícia Militar não tem licença para executar ninguém. Logo, não muda em nada, meu caro radialista, a situação ou a história. O certo é que os agiram não como policiais em missão, mas, sim, como um grupo de execução. E os grupos de execução não existem na estrutura da segurança pública brasileira. Portanto, adolescente ou não; criminoso ou não; nada muda nem justifica a barbaridade cometida pelos policiais amazonenses.
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