A imensa maioria das pessoas tende a ver o mundo de acordo com a perspectiva cartesiana e hierárquica. Essa visão criou condições para o antropocentrismo, o machismo e muitos dos ismos da sociedade, impregnando a própria escola. A perspectiva da Ecologia Profunda, defendida por Fritoj Capra, é até bem aceita por alguns, mas vista com ceticismo na academia. Capra defende que o homem não é o centro do universo. Ao contrário, somos seres, parte de um universo formado pela Terra e o conjunto de seres que a habitam. Essa perspectiva, oposta ao antropocentrismo, não vê a Terra como uma fonte de recursos naturais a ser explorada. Propaga, portanto, a visão do todo e não das partes. Essa visão do todo é reforçada por Edgard Morin ao defender que o todo não é simplesmente a soma das partes. Um fato recente confirma que os defensores da visão complexa, da Ecologia Profunda, parecem ter mais razão que os tradicionais defensores da divisão mente e corpo, sujeito e objeto etc. O vulcão chileno Puyehue espalhou cinzas no seu lócus, ou seja o território chileno. No entanto, essas cinzas afetaram até os vôos para aeroportos como o Salgado Filho, em Porto Alegre. Não se trata da globalização das tragédias. É apenas uma demonstração de que os fenômenos são interligados e afetam econômica, social e culturalmente o Planeta inteiro. Pense nisso!
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