Certa vez, quando o então prefeito de Manaus, Serafim Correia (PSD), declarou que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) tinha virado as costas para a sociedade foi um alvoroço só. Como se ele tivesse dito alguma inverdade. Isolada em sues muros, a universidade se impôs um processo de autofagia generalizada que se reflete até os dias de hoje. Terminado o prazo das inscrições de entidades da Sociedade Civil Organizada para participar do Congresso Universitário Estatuinte da Ufam, nenhuma se habilitou. A Comissão Executiva do Processo de Estatuinte (CEPE) prorrogou o prazo para até o final deste mês. O episódio, qualquer que seja o desfecho, não pode passar em brancas nuvens. Talvez seja um claro sinal de que a sociedade, agora, deu o troco e virou as costas para a Ufam. É intrigante e incômodo quem ninguém na cidade queira discutir os rumos da primeira universidade do País. Será que todos acreditam que os alegados 100 anos de existência a tornam sagrada? A Estatuinte tem para a universidade a mesma importância da Constituinte para o País. É um momento histórico que precisa ter a participação da sociedade civil. Deixo o meu apelo às entidades que aproveitam a prorrogação do prazo e se inscrevem. A Ufam será morta-viva se fizer uma Estatuinte sem a participação da sociedade.
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