É curioso que a academia tenha passado tanto tempo a ignorar a moda como objetivo de pesquisa. Como pensar Ciência Política sem levar em conta o vestuário? O noticiário recente só confirma que há uma relação umbilical entre moda e poder. Vejam como são as coisas! A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) havia publicado uma Resolução autorizando os advogados do Rio de Janeiro a usarem trajes “mais adequados” ao ambiente, à temperatura da cidade. O assunto terminou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) porque um juiz se recusou a receber um advogado que não usava terno e gravata. Numa demonstração de atraso e visão retrograda do exercício do poder, o CNJ determinou que advogado só deve se dirigir a um juiz se estiver de terno e gravata. Em pleno Século XXI, com todos os avanços das relações e do respeito ao outro, é curioso que a roupa ainda seja determinante até para se dirigir a um juiz. Em Manaus, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), se a mulher for de bermudinha no joelho, é impedida de entrar. No entanto, de vestido ou minissaia, entra sem problemas. Moda e poder são irmãos da mesma placenta.
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