Ontem, após o excelente jogo de futebol protagonizado pelos times do Santos e do Flamengo na noite anterior, alguns ditos “colunistas esportivos” mudaram de tom em relação à Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Passaram a dizer que devemos ser menos críticos e acreditar que tudo dará certo e teremos uma das melhores Copas, “a Copa do futebol arte”. Argumentavam que em 1950 foi assim, “tudo improvisado”, mas, no final, tudo deu certo. Com o perdão do trocadilho, caros leitores e leitoras, no final pode até tudo ter dado certo, mas, na final, deu tudo errado. A Seleção Brasileira foi derrotada, dentro de casa, pela Seleção do Uruguai. E, será possível, que até hoje a lição não foi aprendida? A nova geração do futebol brasileiro não pode achar natural “devolver a bola na mão do goleiro”, de forma displicente e irresponsável, como o fez o jogador Elano, do Santos, mais uma vez na cobrança de um pênalti. Numa partida cujo gol, se marcado, liquidaria definitivamente o adversário, a irresponsabilidade (e falta de profissionalismo) de um jogador, permitiu a reação do adversário e jogou o resultado da sua equipe na lata do lixo. Isso precisa ser dito. E não me venham com esse argumento de que se trata de um atleta exemplar e de que “essas coisas” acontecem. É balela. Em uma disputa, como uma partida de futebol, figurativamente, “adversário bom é adversário morto”. Forem irresponsáveis e displicentes como o foram os jogadores do Santos, naquele inegavelmente espetacular jogo contra o Flamengo, Neymar sairá de campo como “um dos melhores jogadores” da Copa de 2014, sorrindo, feliz da vida, mas, elogiando o adversário e com as mãos abanando outra vez. A garra e a vontade de vencer do Flamengo são históricas. Todos reconhecem. No futebol, como no Boxe, por exemplo, se o adversário estiver na lona e você der fôlego, deixar de bater tiver pena, ele arranja forças no fundo da alma, soergue-se e liquida a luta. E foi isso o que ocorreu naquele jogo. O Flamengo estava na lona. Aí o goleiro e a zaga do Santos resolveram entregar um gol ao Ronaldo Gaúcho. Deu no que deu! Em campo, ou se é responsável e profissional ou se perde o jogo. E perder um jogo, na final, é perder a Copa de 2014. Mano Menezes peça uma cópia de todo o jogo entre Santos e Flamengo, realizado no dia 27 de julho de 2011, e repita para cada jogador da Seleção Brasileira, como se fosse do Santos. Mostre a ele como se perde um jogo ganho, dando espetáculo. É uma boa lição para que nem os erros de 1950 nem os do Santos naquele dia se repitam. Antes que seja tarde demais e percamos mais uma Copa dentro de casa. Tenho dito!
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