O depoimento de Luis Antônio Pagor, esperado como uma bomba pelos senadores de oposição, não passou de um traque de São João, ontem, no Senado. Hoje, ele manteve o mesmo tom na Câmara dos Deputados e ajudou o Governo a pôr panos quentes na crise, desde quando a presidente Dilma Roussef afastou toda a cúpula do Ministério dos Transportes, inclusive o ministro, senador Alfredo Nascimento (PR-AM). O diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Transportes de Infraestrutura (Dnit), Luís Antônio Pagot, na Câmara, negou, de novo, quaisquer acusações de corrupção. Há 11 dias, quando a revista Veja publicou uma denúncia de funcionamento de um esquema de propina no setor que beneficiaria os cofres do Partido da República (PR) com até 5 por cento dos contratos firmados no Dnit, uma crise se abateu sobre o Governo. Pagot, com o perdão do trocadilho infame, apagou todo o incêndio, acalmou o PR, e disse que o partido não é diferente de nenhum outro partido no Brasil. Parece ter tocado no cerne da questão: a política da troca de favores é regra em Brasília e o melhor que todos fazem é fingir que o problema está resolvido com a demissão de Alfredo Nascimento. Para o bem de todos (políticos e partidos) e felicidade geral do Governo Dilma, mais um incêndio apagou-se!
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