Neymar da Silva Santos Júnior é bem-diferente de Édson Arantes do Nascimento. Não há termo de comparação, mas a revista VEJA o fez. Curiosamente, só li o número da revista que comparava Neymar a Pelé, com coroa e tudo, além do título de Reymar, sábado, um dia antes da eliminação do Brasil da Copa América, pelo Paraguai, nos pênaltis, na série de cobranças mais horrorosa do futebol brasileiro nos meus 48 anos de vida. Nem o Vasco, contra o Flamengo, foi capaz de tamanha incompetência. Neymar é um produto dos tempos modernos. Forjado por um pai, jogador de futebol medíocre, que transferiu os sonhos para o filho e o trata com mão-de-ferro. Na “sociedade do espetáculo”, o Brasil tenta ocupar no imaginário popular um vazio deixado por Pelé. Neymar é um excelente jogador de futebol, talvez o melhor que já surgiu depois de Pelé no País, mas é Neymar e ponto final. Triste é o fim de um garoto que não pode ter juventude, que virou escravo de um pai e da imagem de ídolo a ele atribuída. Tirou a família do limbo, aufere estratosféricos R$ 1 milhão por mês, mas será que é um menino feliz? Faz posse a cada jogo: amarra a chuteira, levanta o meião, põe munhequeira aqui, cor do cabelo acolá. Pelé nunca precisou de nada, além de bom futebol, para brilhar. Deixem Édson Arantes do Nascimento no panteão que merece. E deixem Neymar ser apenas Neymar. Antes que mais um garoto seja enterrado para a carreira futebolística prematuramente.
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