Quando um grupo de pessoas se junta para surrupiar dinheiro público, subverte profundamente a ideia de amizade. Não são amigos. O interesse comum é meter a mão no dinheiro de cada um de nós. Portanto, trata-se de uma quadrilha e não de amigos. É preciso a sociedade reagir, indignar-se com esse tipo de comportamento. Transformou-se em prática comum os partidos se unirem, formarem uma coalizão, que no Brasil ganhou o nome de “base aliada”, cujo interesse supremo seria governar, portanto, melhorar a vida do conjunto, da sociedade. O que se vê, no entanto, é uma espécie de lobyy de baixo calão, que beira a chantagem. Basta de chantagem, troca de favores e “ação entre amigos”. O País precisa de uma limpeza ética, de práticas políticas sérias, que visem o bem-comum e não o bem-dos-partidos e dos apaninguados dos líderes de plantão. Não se pode dar uma bolacha de água-e-sal ao pobre e levar pra casa um uísque 22 anos. Não há desenvolvimento sustentável que agüente tanta corrupção, em todos os níveis, espalhada pelo País. Ou reagimos ou passaremos a considerar a prática de espoliar os bens públicos algo normal. Aí, estaremos mortos moralmente, ainda que nossos corpos perambulem por algum gabinete em busca de alguma sobra do butim.
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