domingo, 7 de março de 2010

À flor da pele


Hoje, ao ouvir Zeca Baleiro e Gal Costa nos versos “ando tão à flor da pele, qualquer beijo de novela me faz chorar. Ando tão à flor da pele que teu olhar “flor na janela” me faz morrer...”, lembrei-me das partidas do time de futebol de salão do Madureira, minha cidade natal, bicampeão acreano. Depois as lembranças se foram, à tarde, ao ver o jogo morno do Vasco contra o Boa Vista, lembrei-me, de novo, das minhas reações, do nervosismo de cada partida do Madureira. Que magia possui o futebol que nos faz esquecer a posição social e profissional ao nos tirar a compostura? Nos jogos do Madureira eu subia no alambrado, xingava o juiz (não sei nem até qual geração), vibrava com os gols, tentava empurrar o time, ficava nitidamente à flor da pele. O Fast Clube, em Manaus, o Juventus, em Rio Branco e o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, já me deixaram assim. Hoje, por duas ocasiões, só o Madureira me fez passar por emoções tão fortes. Coincidentemente, nos dois títulos acreanos conquistados pelo time da nossa família, eu estava em Sena Madureira. Zeca Baleiro, Sena Madureira, Fast, Vasco, emoções. Doutor também é gente e perde as estribeiras com o futebol. Ainda bem.

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