sexta-feira, 9 de julho de 2010

Machismo e horror

Cada vez que leio algo sobre a forma como a modelo Eliza Samudio foi executada, esquartejada e seus pedaços jogado aos cães, justamente para não deixar vestígios, mais fico chocado. Choca-me mais ainda a reação de algumas mulheres: “Ele teve o que procurou”. Meu Deus! Onde nós estamos? Não posso crer que um ser humano seja capaz de julgar o outro a ponto de considerar tamanha crueldade algo normal. Se é mesmo verdade que após ter assistido a todo o processo de tortura ao qual a ex-amante foi submetida, o goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, foi “tomar uma cerveja”; trata-se de um doente mental, frio e calculista. E tudo isso por conta de uma herança? Como é possível alguém “ir para a cama” com outra pessoa e depois ser movido por um sentimento de tamanha crueldade? Será que aquele momento íntimo, para ele (e os demais jogadores que costumeiramente fazem esse tipo de orgia) não passa de um encontro entre dois oi mais animais? O que nos faz humanos é o controle sobre nossas taras, não a negação delas. Bruno e seus colegas jogadores podem ter as taras que quiserem, transformá-las em realidade, porém, exige senso de responsabilidade sobre seus atos. Não transfira para nenhuma jovem, mulher, a responsabilidade que é do homem. Ninguém, em sã consciência, aproxima-se de outra pessoa pensando em ser esquartejada e jogada aos cães. Considerar que o homem tem direitos sobre o corpo da mulher é de um machismo incomensurável. Não há justificativa para a barbárie em tempos modernos. Pelo amor de Deus, acordem mulheres!

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