Ao chegar em Goiânia, próximo da
meia-noite, tomei um táxi do Aeroporto até o hotel no qual me hospedei. Nem o
fato de ter ficado no Aeroporto Eduardo Gomes retiro por quase uma hora para
que “os problemas técnicos” do avião me provocaram tanto pânico quanto os 20min
de trajeto naquele carro. De cara, o motorista já se irritou com o outro colega
taxista e ao ultrapassá-lo, jogou o carro em cima do outro “só para demonstrar
a irritação” e saiu cantando pneus. E o ritmo da corrida só aumentava. Para
disfarçar o medo, ao cruzarmos uma avenida, vi, em um bar, um telão. Perguntei:
“É o jogo do Brasil? Já acabou?”. Ele: ”Que jogo, moço? Futebol é para quem não
tem o que fazer. Eu só me preocupo é com quem me dá dinheiro” E haja pé
embaixo. Pensei: ”Ou serei assaltado ou vou morrer de táxi”. Finalmente chegamos
ao hotel e cá estou eu a escrever esta crônica do medo.
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OBS: Post do dia 18/11/2015
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