sexta-feira, 17 de junho de 2011

Relações de afetos

Bate uma tristeza profunda todas as vezes que, ao me dirigir a uma mulher da forma mais carinhosa e respeitosa que faço constantemente no Twitter e no Facebook, por exemplo, com “cheiros carinhosos nos coração”, isso é entendido como se fosse uma tentativa de “pegação”. Há pessoas, tanto mulheres quanto homens, por quem tenho imenso carinho e respeito. Sexo e sexualdiade à parte, aprendi com a vida e aprofundei imensamente com Maria Luíza Cardinale Baptista, a ideia do “econtro-abraço” como ela mesma define “discursivo amoroso”. Vivemos a ditadura do “parecer ser” e não do “ser”. O “encontro-abraço” amoroso e o afeto são vistos como tentativa de “pegar”. Será que não podemos ser afetuosos (e amorosos) com uma mulher, com um homem, com um ser humano? Amor é muito mais que um órgão introduzido no outro. Vai muito além da fornicação pura e simples. Amor é querer. Querer bem. Preocupar-se. Gostar de. Não querer nada em troca. Combato veementemente a visão utilitarista do amor, do afeto. A troca de abraços, de afetos, de carinhos não está intimamente ligada ao desejo sexual. Quando as pessoas compreenderam mais isso, o mundo será melhor. Os pais, inclusive, poderão abraçar seus filhos e filhas, trocar carinhos, sem que isso seja entendido como violência sexual. Não desistirei do afeto, do braço, do encontro amoroso, que não seja contaminado pelo desejo como expressão animal do sexo. A amorosidade defendida por Maria Luíza Cardinale Baptista vai muito além. Ultrapassa, inclusive, os limites da objetividade científica. Creio nisso como prática de vida. Acredito e lutarei por isso.

Um comentário:

  1. Ih, prof, eu sei bem como é isso... rs... agora eu só mando 'abraços' aos que converso pouco. somente para os meus mais chegados é que mando beijos.
    Mas não custa nada continuar tentando! Um dia as pessoas entendem, don't worry!
    #beijossousuafa

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