Ao passar pelo Cemitério São João Batista, hoje, na ida para a feira da Manaus Moderna, vi um número grande de vendedores de velas e flores nas entradas. Pensei comigo: “será o enterro de alguém famoso? O Dia dos Mortos não é só em novembro?” Ao volante, cruzava a Avenida Ayrão, quando me lembrei: “deve ser pelo Dia dos Pais”. Ato contínuo surge na mente o refrão “... por isso é que eu penso assim, se alguém quiser fazer por mim, que faça agora”. A simplicidade de Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito em “Quando eu me chamar saudade” se completa com os versos “Me dê as flores em vida/O carinho, a mão amiga,/Para aliviar meus ais./Depois que eu me chamar saudade/Não preciso de vaidade/Quero preces e nada mais.” Nada mais sofisticado e profundo que, em versos, tecer um poema sobre essa prática social discutível de se homenagear e reconhecer as qualidades das pessoas só após a morte. Aos amigos e aos inimigos deixo essa música como um alerta: se quiserem fazer algo por mim, façam-no agora. Depois de morto, ainda nem decidi se quero ser enterrado ou cremado. Ou, quem sabe, desaparecer no fundo do mar como o fez Ulysses Guimarães. Tenho amor incondicional pelos meus dois filhos. Que o meu filho, se decidir ser pai, saiba sê-lo melhor do que eu. Em vida! Essa é a minha homenagem a todos os pais.
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Super comungo dessa idéia de festejar e homenagear as pessoas que amamos em vida, e não importa se pai, mãe, namorado, marido, amigo...Enfim creio que só vale a pena se fizermos tudo isso em vida. Sinto mt falta do meu pai (saudade mesmo), mas fiz e demonstrei sempre todo o amor que tive, e isso é que ficou na minha memória. Lindo texto, amei.
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