sábado, 20 de agosto de 2011

O rio não comanda a vida

É estranho que, em Manaus, o rio não comande a vida, parafraseando o título de um dos livros de Leandro Tocantins, que, aliás, é paraense. E, sem querer provocar nenhum tipo de acirramento do bairrismo existente entre os paraenses e amazonenses, ao conhecer Belém, deparei com uma relação bem-mais resolvida deles com o rio. Talvez o amazonense ame o rio na mesma proporção que o paraense, no entanto, esse último, ao que parece, encontrou formas mais eficazes de demonstrar esse amor. Lá, o rio faz parte da vida, do dia-a-dia das pessoas. Aqui, um ponto de interação entre o rio e as pessoas é a travessia, de balsa, do São Raimundo ao Cacau-pirera. Em breve (e olhe que esse em breve está demorado demais), esse cordão umbilical do homem manauense com o rio será cortado quando a ponte começar a funcionar. Particularmente, admiro muito a forma apaixonada como o paraense se relaciona com o rio. O amazonense tem motivos de sobra para amar o rio. Mas, parece não ter muita boa relação com ele. Uma pena!

Um comentário:

  1. Acho que o único rio que o amazonense gosta é o Rio de Janeiro...

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