terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pareto e a economia política de tudo

Os economistas às vezes têm umas sacadas que dão gosto estudá-las. Vilfredo Pareto é um deles. O italiano observou que 80% da economia da Itália provinha de, no máximo, 20% da população. A partir disso, elaborou um princípio usado em economia, política, produtividade e quaisquer das áreas que a mente humana conseguir aplicar. A ideia é simples: em qualquer fenômeno da vida, 80% das conseqüências são resultados de apenas 20% das causas. É a conhecida regra dos 80/20. E por refletir sobre ela, hoje me lembrei das aulas de marketing do mestrado que fiz na Universidade de São Paulo, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Uma das boas discussões teóricas que nos moviam era: marketing é ou não ciência? A partir do princípio de Pareto, e com base em inúmeras pesquisas mundo agora, descobrirmos que de cada 10 produtos lançados, ainda que fossem feitas todas as pesquisas de mercado, 8 fracassavam e somente 2 permaneciam. Os números, friamente, revelam que a tendência aponta para o marketing como um mero conjunto de técnicas e métodos capazes, no máximo, de reduzir as incertezas. Fiquei a refletir: se, de cada 10 estudantes que saem dos cursos de Direito, 8 são reprovados e somente dois aprovados; o processo de formação, na área, não seguiria o princípio de Pareto? Ao que tudo indica, o princípio econômico de Pareto pode ser aplicado a todos os fenômenos da vida. Portanto, se para cada 10 tentativas de fazer algo você fracassar 8 vezes e conseguir 2 êxitos; não se deprecie. É só uma prova de que Preto estava correto!

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