A notícia de um novo surto
de doença de Chagas em Belém deixou os locais especializados em venda dos produtos
às moscas até mesmo na luxuosa e chique “Estação das Docas”. Após ter sido dada
na Televisão, espalhou-se como um rastilho de pólvora nas redes sociais e
trouxe de volta, imediatamente, um estudo realizado pela Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp). Em maio do ano passado, pesquisadores da Unicamp
divulgaram o resultado de um estudo realizado em convênio com o Ministério da
Saúde, no qual concluem que o protozoário causador da doença de Chagas resiste
ao congelamento a -20°C (menos vinte graus Célsius). No caso do açaí, portanto,
a polpa mal-higienizada, mesmo congelada, mantém o protozoário vivo, logo, pode
contaminar quem a consome. Tradicional produto da culinária paraense, o açaí,
de acordo com o estudo, só estará imune como transmissor do protozoário, caso
passe pelo processo de pasteurização, ou seja, um tratamento térmico que esfriamento
e aquecimento a baixíssimas e altíssimas temperaturas. Entre a população, há
quem duvide da efetividade do estudo, uma vez que o açaí, até então, sempre foi
consumido sem que houvesse notícias de transmissão da doença de Chagas. O temor
é que o produto, cujo preço já está nas alturas, sendo vendido a R$ 10,00 o
litro, atinja um patamar proibitivo se tiver de passar pelo tratamento de pasteurização.
Não tenho elementos para duvidar de nenhum estudo da respeitada Unicamp, porém,
não há dúvida de que o setor de pasteurização da indústria de laticínios ganha
força e pode liquidar com a economia informal do açaí em Belém e no Pará.
Visite também o Blog de
Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques.
Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário