Amanhã, quarta-feira, o
relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS) sobre a reforma política deverá
ser votado no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Como todo bom
político, Fontana tenta agradar gregos e troianos ao propor um sistema misto no
qual o eleitor votará duas vezes. Pela proposta, 50% das vagas serão para se
votar no indivíduo, ou seja, como o é hoje em dia, e os outros 50% serão para
uma lista de candidatos apresentada pelos partidos. Num exemplo hipotético, se
estiverem em disputa 10 vagas, cinco ficam com os mais votados e cinco vão para
os cinco primeiros da lista do partido mais votado. Fontana propõe, ainda, que
a escolha a ser feita pelos partidos, dos nomes que vão concorrer ao pleito,
seja pelo voto direto e secreto. A intenção é que cada partido promova uma eleição
interna, semelhantemente às prévias norte-americanas, e os mais votados farão
parte da lista. Para o restante das vagas a serem disputadas, portanto, 50%,
quem ordenará a lista são os eleitores. Com isso, elimina-se a legenda e
estarão eleitos os mais votados, uma vez que a disputada pela legenda ficará
restrita a outra metade das vagas. Resta saber se os partidos e seus caciques deglutirão
facilmente essa salada proposta.
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