A notícia de que Luiz Inácio
Lula da Silva está com câncer de laringe trouxe-me um sentimento imediato:
lamentar o fato, por se tratar, talvez, do maior líder político da era moderna
brasileira. Imediatamente, não poderia ser diferente, o associei ao presidente
da Venezuela, Hugo Chavez. Inconscientemente, quero crer, pela amizade que uniu
figadalmente os dois nos últimos anos. Conscientemente, pela doença que os une
hoje: o câncer. Letal para grade parte dos seres humanos é o tipo de mal que
aniquila aos poucos. Corrói. Suga consciências, inclusive de si mesmo. Como mal
político que assola a América Latina, deve ser extirpado. Porém, permanece
vivo, latente, a espera que surja alguém bom de discurso e de manejo dos
instrumentos capitalistas de corrupção para surgir, de novo, corroendo mentes e
corações. O povo latinoamericano, mais que qualquer povo, pelo menos é o que
parece, necessita de um ídolo, de um líder. Precisa de alguém a dizer o que
deve e não deve ser feito. Não exercita a autonomia, portanto, pouco sabe de
democracia. Gostar de eleger alguém, lavar as mãos e, como Pilatos, esperar
quatro ou cinco anos, para reconduzi-los ao poder. Lula, se assim o quisesse,
ficaria no poder o tempo que ele (e não nós) achasse necessário. Montou uma
estrutura de poder à Chavez. E ainda manda! Inaugura pontes, interfere
diretamente quando assim deseja. Sua doença é lamentável, uma tragédia pessoal.
A doença do continente também. Torço para que ele e o continente vençam!
Visite também o Blog de
Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques.
Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário