Ao ouvir a notícia do laudo
do Instituto de Criminalística Carlos Éboli sobre o Bondinho de Santa Teresa,
que sofreu acidente no dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro, do qual resultaram
56 feridos e seis mortos, pensei: esse é o retrato dos serviços, públicos ou
não, prestados no Brasil. O bonde tinha capacidade para 31 passageiros e circulava
com 62: não pude deixar de me lembrar dos barcos que circulam diariamente pelos
rios da Amazônia com o mesmo problema de superlotação. Dentre os 23 problemas
detectados pelos especialistas do Éboli, destacam-se “peças do eixo do bonde
fabricadas artesanalmente” ou “soldadas ao chassi de maneira grosseira”. Alguém
esquece que Ayrton Senna foi morto por causa de uma “solda artesanal” na barra
de direção do seu carro? Bem, esse absurdo não ocorreu no Brasil. Mas, em Manaus,
ônibus circulam com gatilhos de todas as espécies em nome do lucro e frontalmente
contra a segurança dos usuários, ou seja, do povo. Os serviços, no Brasil, em
geral, são engatilhados e fora dos trilhos. O Bonde de Santa Teresa é só mais
um exemplo do descaso do Estado. O que mais será preciso acontecer para nos indignarmos?
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