terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cuecas e meias


O post de ontem já comentava a cara-de-pau dos políticos de Brasília que, ao serem pegos com a mão na grana (preta, opa, desculpem, preta não, grana afrodescendente) alegaram que era para a compra de cestas básicas e panetones. A desculpa virou mote para piadas em todo o País. Mas não ficou só nisso o motivo de piadas. A volta das cuecas e até meias como local para armazenar dinheiro sujo também faz rir. Muito mais que isso, porém, o que causa asco e nojo é o cinismo com que os políticos aparecem em público para justificar as atitudes. O presidente da Câmara do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), por exemplo, disse que pôs o dinheiro recebido do secretário exonerado Durval Barbosa (o dedo-duro premiado) nas meias por “por uma questão de segurança”, pois ele não usa pasta. “Coloquei o dinheiro nas minhas vestimentas pois não uso pastas”. É de morrer de rir e revela, inclusive, que ele só é prudente no nome. Para completar o quadro do cinismo, o governador do DF, José Roberto Arruda, apareceu a noite inteira de ontem usado “aspas” para explicar que houve “resfriamento” dos aparelhos de gravação causando “desconfiguração dos dados armazenados”. Haja cueca, haja meia e haja cinismo!

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