sábado, 8 de janeiro de 2011

Tortura psicocenternética

Não basta ter um Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Faz-se necessário um Serviço de Proteção ao Consumidor (SPC) cuja sigla, curiosamente, seria a mesma sigla. O problema é simples: sem nenhum tipo de critério os bancos encaminham cartas automáticas ao SPC e negativam o nome dos seus clientes. Tivessem a mesma rapidez em mandar retirar o nome, causariam menos problemas, a não ser o constrangimento de, ao ir realizar uma compra, o cliente deparar-se com restrições ao seu nome. Por si só isso já seria gravíssimo, ainda mais para quem está com as contas em dia. Acontece que atualmente, talvez pela rapidez da circulação de informações digitalizadas, um dia depois do vencimento os tais sistemas internos dos bancos já registram o nome do cliente. E, certamente, encaminham aos órgãos de proteção ao crédito. Como o processamento das informações bancárias demora até cinco dias úteis, sobra, mais uma vez, para o consumidor. Ontem fiquei 1h15min22segundos esperando para ter um problema desse tipo solucionado pelo banco Itaú. Hoje, ao verificar no sistema, mais uma daquelas cartas automáticas registravam dívidas já pagas. Nome negativado indevidamente: nova tortura psicocenternética. Ouvir aquela música seguida da mesma frase: “Aguarde mais um momento, por favor.” Foram mais 37min52segundos de espera. A cada dia que passa me descubro paciente: se não um homem paciente, pelo menos um consumidor.

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