quinta-feira, 10 de março de 2011

Prepotentes, abusados e preguiçosos

Dois episódios nesta última semana só confirmam a observação empírica de que, em Manaus, talvez seja o lugar onde mais se presta péssimos serviços à população. Abuso, preguiça, prepotência e má-educação parecem ser elementos culturais impregnados nos vendedores da cidade. Domingo, na feira da Manaus Moderna, tomei um susto quando o cidadão da banca na qual comprava peixe semanalmente há mais de dois anos foi taxativo: “Não tiro o bucho do peixe. Hoje estou abusado. E não me importo se perder o freguês. O senhor é um. Aqui passam milhões todos os dias”. Uma pessoa, ao meu lado, comentou: “Senhor, esse pessoal precisa do Sebrae aqui”. Ontem, por volta das 12h30, na agência dos Correios do Stúdio Cinco, fui premiado com a preguiça, o descaso, a prepotência e o abuso de alguns funcionários públicos ou estatais. O atendente Edson Francisco botou banca e se negou a receber meu envelope com os comprovantes da viagem a Belém pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Alegação: tem de constar o remetente. De acordo com o Inep, basta endereçar corretamente a correspondência e, na frente, postar o nome do avaliador. Francisco, com cara de preguiça e ar de preguiça. Não se rendeu: “Então o senhor que espere o gerente para ele resolver”. O colega ao lado, do qual não me recordo o nome, ainda tentou ajudá-lo: “O senhor não pode mandar uma correspondência anônima”. O gerente retornou após uns 20 minutos de espera. Perguntei a ele qual a lei que me obrigava a pôr o remetente na cara. Ele disse que lei não havia mas que era norma da empresa. Explicou que se desse algum problema a correspondência não poderia ser devolvida. Ora, isso eu já sabia. Nos dois últimos anos não tive nenhum tipo de problema. Ficou no ar, porém, a nítida impressão que, justamente, nesta correspondência, terei problemas. Esperarei, ansioso, pela resposta do Inep sobre os comprovantes da viagem. Caso eles não cheguem, os Correios do Amazonas terão muitas explicações a dar. Fica a certeza: Manaus tem, talvez, o pior atendimento do mundo.


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