sexta-feira, 27 de março de 2015

Mentes sempre perigosas

Quando ontem existiam apenas suspeitas de que o copiloto do A 320 da Germanwings, Andreas Lubitz, tinha derrubado deliberadamente a aeronave, na postagem “reféns de nós mesmos”, ressaltei o fato de que hoje em dia, nós, os seres ditos humanos, somos “Reféns de nós mesmos”. Após a divulgação de alguns documentos obtidos a respeito do copiloto, concluo que não somos apenas reféns de nós mesmos. Estamos cada vez mais reféns de mentes sempre perigosas. Aliás, talvez a metáfora bíblica da falibilidade humana esteja ligada exatamente ao fato de que nós, os humanos, somos escravos das nossas próprias mentes. Em função disso, somos capazes de qualquer coisa. Esconder que estava afastado por recomendação médica e depois derrubar o avião com a frieza com que parece ter feito o copiloto é uma demonstração de que mentes perigosas somos todos, cada um de nós.


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