quarta-feira, 15 de abril de 2015

A inclusão não precisava da corrupção

Chego aos quase 52 anos com as marcas do tempo a pesar em algumas atividades. A senilidade, no entanto, não me atingiu, ainda, a capacidade de analisar criticamente a realidade. Votei no Partido dos Trabalhadores (PT) nas últimas eleições, mas, não significa que concorde plenamente com tudo o que o partido defende e faz. A crise política atual, por exemplo, é fruto de uma decisão equivocada do PT: ceder às pressões dos fisiologistas de todas as cores para alcançar o que se convencionou chamar de governabilidade. Acontece que, ao ceder às pressões fisiológicas de todos os matizes, o partido passou a promover a inclusão com pitadas cavalares de corrupção. Que tudo seja apurado rigorosamente dentro do espírito do estado democrático de direito. Ao final, em havendo provas cabais e irrefutáveis contra a Presidente Dilma Rousseff, que ela também seja punida até com o impeachment. Daí a se defender que o Congresso seja dissolvido e os seus membros, inclusive, a presidente, metralhados em praça pública e os militares voltem ao poder há uma distância abissal. Não defenderei, em nenhum momento, a volta da ditadura. E condenarei, veementemente, que os comprovadamente culpados sejam punidos exemplarmente como preconiza o rito democrático. Ninguém precisa concordar comigo, mas, sou muito sincero: não respeito e sinto asco quando vejo alguém empunhar uma bandeira ou cartaz incitando a volta dos militares. O direito de se manifestar, inclusive pela volta da ditadura, eu respeito. Mas, o cabeça de vento que o faz só merece asco.


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