Ontem, por acaso, vi um velhinho e uma velhinha
saindo de uma loja. A senhora saiu com passos, digamos, menos largos e o
senhor, de imediato, pôs a mão nas costas dela e deu um empurrão. Claro, pela
força do empurrão, ela andou mais rápido. Ali, naquele momento, em segundos,
traduzi o empurrão: o velho quis dizer “anda mais rápido, mulher”. Certamente, é
o modo “mais carinhoso” que ele a trata anos e anos. E o faz de um jeito que
nem se toca. Será que não fazemos o mesmo, todos os dias, e nem nos tocamos?
Eu, quando o faço, principalmente com os eleitores e defensores do inominável,
não é “sem me tocar”. Porém, fiquei a pensar: não será possível que a cada dia
o número de seguidores “do coisa” aumenta? Quem sabe, não damos um empurrãozinho
de nada, todos os dias e nem percebemos? Sei lá! Só sei que, naquela hora, mil
coisas passaram pela minha cabeça: os dois seguram e eu fiquem cá com as minhas
ilações.
Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!
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