domingo, 25 de outubro de 2015

Eu e a minha face de anjo

Todas as vezes que venho a São Paulo fico com a sensação de que tenho cara anjo. Ou de um tremendo babaca. Porque todos os mendigos da cidade querem “levar um papo” comigo. Talvez eu demonstre, no rosto, a dor que sinto por dentro ao ver aquelas pessoas jogadas nas ruas, mal cobertas, entregues ao tempo, ao espaço e, quem sabe, ao nada. Tento passar por eles sem demonstrar qualquer sentimento, como vejo os habitantes da cidade fazê-los, mas, talvez não consiga. Deve ser por isso que sempre há um deles (ou delas) que me olham e imaginam que posso ajudar em algo. E não posso! E, talvez, por não poder, minha dor seja maior. E, talvez por isso, minha face não consiga esconder a dor que sinto por dentro ao caminhar pelo centro de São Paulo.


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