terça-feira, 13 de novembro de 2018

A ditadura ainda vestida


A entrevista do comandante do Exército, general Eduardo Vilas Boas, não me causa nenhum tipo de espanto. Desde as eleições de 2013, quando começaram os protestos contra a vitória de Dilma Rousseff (PT), alertei, neste mesmo espaço, para o avanço das ideias de ultradireita e para as condições que o Movimento Brasil Livre (MBL) criava para uma intervenção militar. Este era o objetivo: a volta dos militares ao poder, de imediato. Com o “acordo” proposto por Romero Jucá e o impeachment de Dilma, bem como a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito no primeiro turno, não fosse “o acordo”, o vetusto militar reformado chegou ao poder como cavalo de troia da elite escravagista e das forças armadas. Não seria mais preciso o Golpe pelas vias de fato. Ele seria dado pelas vias de direito. E foi isso o que aconteceu. Foi isso o que o general confessou. Em suma, já estamos em uma ditadura, ainda vestida. A rainha só sairá nua se necessário for.

Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!

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