quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Travesseiro


Encosto a minha cabeça
Pareço estar num vespeiro
Por mais que eu esqueça
Não há paz nem no travesseiro.
Tenho investido só no zelo
Porém, parece um pesadelo
Todo dia algo me assombra
Parece que já estou na sombra.
Ou que já vivo a loucura
De uma completa ditadura
Embora ainda só pareça
Você não quer que eu esqueça.
Até quando o móvel lustra
Lembro Carlos Aberto Ustra
Monstro da antiga ditadura
Agora só se fala em candura.
Como se o homem nada fizesse
Tudo o que fez como uma prece
Transformou-se em movimento
Neste “novo momento”.
Da república das bananas
Que conseguimos voltar
No travesseiro não amas
De nada consegues lembrar.

Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!

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