terça-feira, 3 de novembro de 2020

Justiça estupra o estupro

Há muito a sociedade brasileira, ou alguns dos seus representantes, padece de problemas na interpretação das Leis. Estupraram a Constituição para apear Dilma Rousseff (PT) do poder. Depois, com o discurso do combate à corrupção, continuaram o Golpe para tirar de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o direito de disputar as eleições. Agora, estupraram de vez o próprio crime de estupro. O empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a promoter Mariana Ferrer, foi declarado inocente. A linha de da defesa, aceita pelo juiz do caso, é de arrepiar. E cria um crime que não existe do Código Penal: o de “estupro culposo”. É tão estapafúrdio que me fez lembrar de uma manifestação dos professores, em frente ao Palácio Rio Negro, na Sete de Setembro. O governador mandou a Polícia Militar descer o sarrafo nos professores e professoras. No dia seguinte, os jornais publicaram que os professores tropeçaram e “caíram no cassetete dos policiais”.

 

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