domingo, 27 de dezembro de 2020

O TAC da mentira oficializada

“Para dizer que não arreguei” também poderia ser o título desta manchete. Mas, o que passará para a história, foi o que ouvi deste ontem: “O Wilson Lima arregou”. É o mesmo que dizer: o governador do Amazonas é um frouxo. Verdade ou não, a versão oficial é outra. Dada pelo próprio Wilson Lima, em seu Twitter. Ei-la, com todas as letras: reunimos há pouco com Ministério Público, Poder Judiciário, Poder Legislativo, Defensoria Pública e outros órgãos de controle para avaliar o primeiro dia de restrições de funcionamento das atividades não essenciais. Também estive reunido com representantes do comércio e de outros segmentos do setor produtivo (para mim, donos de bares, restaurantes e casas de shows – friso nosso). Sempre estivemos abertos ao diálogo e dessa vez discutimos um caminho entre a diminuição da transmissão de Covid-19 e a manutenção parcial das atividades econômicas. Construímos uma proposta que flexibiliza o funcionamento do comércio, shoppings, restaurantes e outros serviços (volto a frisar: bares, botecos e casa de shows) em horários específicos, que ainda estão sendo debatidos com cada segmento. Por outro lado, os setores se comprometeram em ajudar o Governo na conscientização, controle, fiscalização e outras ações de enfretamento à pandemia. Esses compromissos serão formalizados em um Termo de Ajustamento de Conduta entre as associações representativas e o Ministério Público. O combate ao coronavírus é de responsabilidade de todos. Faça você sua parte”. Governador Wilson Lima, não costumo dar muito papo para bolsonarista. O senhor foi eleito com base em um discurso muito similar. E de apoio a este genocida assumido. Passei três dias a elogiar o senhor. Mas, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) é uma mentira que uma das partes mente deslavadamente, a outra finge acreditar na mentira e a terceira parte oficializa. O senhor acredita mesmo que donos de botecos, bares e casas de shows ajudarão o seu governo no combate ao vírus. Inocente a ponto de acreditar neles sei que o senhor não o é. Pois, sabe o que acontecerá com esta flexibilização? Quando o senhor não tiver mais leitos nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) eles sumirão de mansinho. E o TAC pode se transformar em coisa parecida. Na sua cabeça. E aqueles que fizeram a “manifestação” não o defenderão, governador. Não volte atrás: shoppings, cinemas, botecos e shows não são atividades essenciais. Não queira passar para a história como um “governador arregão”.

 

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