Quase em frente onde moro, é preciso passar para a pista da esquerda para seguir rumo ao centro da cidade de Teixeira de Freitas. Pois ontem à noite, por volta das 20h30, olho para a esquerda, depois para a direita e acelero o carro, uma camionete Toro. Quando voltei o olhar para a esquerda, um ciclista estava embaixo do carro. Ato contínuo, para o carro para prestar socorro. Os demais motoristas buzinam e quase me obrigam a tirar o carro “do meio da pista”. Minha primeira reação foi ajudar o ciclista. Tanto ele quanto a bicicleta, estavam embaixo do carro. Nenhum arranhão nele. Nada na bicicleta. Só hoje vi que o carro tinha um arranhão na pintura, do lado esquerdo. Tirei o carro do meio da avenida e o chamei. Insisti em passar o número do meu celular para ele. Ele me disse que estava tudo bem, que não acontecera nada: “Percebi que o senhor não me viu. Não aconteceu nada. Eu é que sou um azarado. Minha moto deu problema e peguei esta bicicleta velha. Aí, aconteceu isso”. Ainda argumentei:” você se considera um azarado?” Ele reforçou que sim, colocou o celim da bicicleta, que tinha caído, e se foi. Saí do local com uma certeza: sou um ser abençoado. Acordei no meio da madrugada e não dormi mais. Pensava: como aminha vida seria diferente se “carregasse nas costas” uma morte. Defensor da vida, eu nunca me perdoaria. Ainda em estado de choque, mas, feliz por uma pessoa ter escapado ilesa!
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