Sou do tempo em que “acriano”
ainda era grafado “acreano”. Não critico que assumiu a nova grafia, muito
embora ainda me cause certo estranhamento. Como sou dos mais antigos, prefiro
me manter “acreano, de Sena Madureira” como digo e repito em todos os lugares
que passo. E com muito orgulho! O fato de ser acreano não me faz menor do que
nenhum ser deste planeta, quer seja Barack Obama, Lula ou meu colega de
departamento. Não me torna melhor ou pior do que nenhuma mulher ou homem,
porque acima dos conceitos macho e fêmea, não passamos, todos, de um conjunto
de células a trabalhar constantemente para o equilíbrio do universo. Nada me
difere de uma ameba assim como nada me difere de nenhum outro ser vivo. É
bem-verdade que, em alguns momentos, produzo muito mais do que outros e outras
da colônia. O que me faz profundamente irritado, porém, é ler, no Twitter, já
retuitado por um dos meus seguidores, uma frase como esta: “Os caras nem
existem! Acriano com sotaque de carioca não merece respeito”. Fossemos do
Brasil ou não, somos parte do mundo. Logo, essa de dizer que o Acre não existe
é coisa de analfabeto em Geografia. Algo aceitável, aliás, numa boa, para quem
vive nas escolas do Sul do País. E, quem disse que não merecemos respeito por
carregar no sotaque de carioca? Por acaso, cariocas não merecem respeito? Vão
tomar... consciência do que são no mundo. Quando todos tivermos consciência de
que não passamos de colônias de células, qualquer que seja o corpo, acreano
poderá puxar pro carioquês ou pro amazonês sem que isso seja considerado
indigno de respeito.
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