Parece haver uma crença
generalizada que todo bom vendedor precisa ser mentiroso e cretino. É como se
fosse regra “dourar a pílula” para, depois de vendê-la, o comprador “cair na
real”. Conheço histórias de vendedores, e já fui protagonista em uma delas, que
inventam que o sapato encolhe se o único número pelo qual a cliente se
interessar, for maior que o pé dela. Em dado momento do capitalismo, atendimento
ao consumidor era artigo de luxo. E, certamente, é dessa época que vem a crença
de que todo vendedor deve ser cretino. As relações mudaram. Hoje, que não
investe em atendimento ao cliente, a chamada “pós-venda”, tende a morrer, a
enterrar o seu negócio. Vender e, portanto, manter o cliente: a visão mais
moderna do processo, precisa envolver confiança mútua. Quem ainda usa a técnica
de mentir para vender põe a cretinice em primeiro plano, fere o Código de
Defesa do Consumidor (CDC) e arrisca o próprio negócio. Melhor pensar nisso
antes de usar estratégias de enganar alguém apenas para “empurrar” produtos.
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