O apagão de mais de quatro
horas em Manaus, provocado por um raio que se abateu sobre a Usina Hidrelétrica
de Balbina, me fez postar uma provocação no Twitter: “vão já dizer que o raio
foi provocado por ser o dia 11/11/11.” Brincadeiras e exageros à parte, não é
bom duvidar que a Eletrobrás Manaus Energia, com o episódio, tenha desculpa
para mais uma semana de suspensões temporárias no fornecimento de energia na
cidade: alegará que o raio queimou o lago da hidrelétrica. É mais do que
evidente que, em Manaus, há uma espécie de racionamento não-admitido (não
falarei de racionamento branco para não cometer crime de racismo) de energia.
Cada vez que se inicia uma chuva ou um ventinho de nada, adeus energia
elétrica. Alguém já prestou a atenção nesse fenômeno natural? É como se
qualquer vento desligasse automaticamente a rede. A verdade é que o aumento da
demanda no Pólo Industrial de Manaus (PIM) leva o sistema a um ponto de
saturação do sistema. A tal mudança da base de fornecimento para energia a gás
até agora não se concretizou. O caos do dia 11/11/11 não tem nem nenhuma
relação com cabala ou bruxaria, ainda que os raios também se relacionem com
essas práticas culturais e provoquem preconceito coletivo. O que há é um
sistema que já atingiu o limite do fornecimento precisa de investimentos
pesados para suportar a demanda da cidade.
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