domingo, 13 de novembro de 2011

Racionamento de energia em Manaus

O apagão de mais de quatro horas em Manaus, provocado por um raio que se abateu sobre a Usina Hidrelétrica de Balbina, me fez postar uma provocação no Twitter: “vão já dizer que o raio foi provocado por ser o dia 11/11/11.” Brincadeiras e exageros à parte, não é bom duvidar que a Eletrobrás Manaus Energia, com o episódio, tenha desculpa para mais uma semana de suspensões temporárias no fornecimento de energia na cidade: alegará que o raio queimou o lago da hidrelétrica. É mais do que evidente que, em Manaus, há uma espécie de racionamento não-admitido (não falarei de racionamento branco para não cometer crime de racismo) de energia. Cada vez que se inicia uma chuva ou um ventinho de nada, adeus energia elétrica. Alguém já prestou a atenção nesse fenômeno natural? É como se qualquer vento desligasse automaticamente a rede. A verdade é que o aumento da demanda no Pólo Industrial de Manaus (PIM) leva o sistema a um ponto de saturação do sistema. A tal mudança da base de fornecimento para energia a gás até agora não se concretizou. O caos do dia 11/11/11 não tem nem nenhuma relação com cabala ou bruxaria, ainda que os raios também se relacionem com essas práticas culturais e provoquem preconceito coletivo. O que há é um sistema que já atingiu o limite do fornecimento precisa de investimentos pesados para suportar a demanda da cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário