Ontem, ao me despedir dos
amigos, desejava “feliz dia dos vivos”. Cemitérios ficam lotados. Na frente, coroas
de flores e velas, muitas velas, para iluminar a alma dos que foram. Minha questão
é: não seria mais lógico reverenciá-los e homenageá-los em vida? Nada contra o
popular “Dia dos mortos”. Até participo dos rituais, principalmente porque dia
31 fez um ano da morte do meu pai, vítima do descaso no atendimento do Hospital
João Câncio Fernandes, em Sena Madureira. E não me venham com essa história típica
de cidade provinciana de que “morreu porque chegou a hora”. Pouco caso e
irresponsabilidade profissional já mataram muita gente no Sistema Único de Saúde
(SUS) do país, bem como o profissionalismo e a dedicação de muitos, já salvaram
vidas. Não digo que meu pai estivesse vivo hoje. No entanto, não só ele, mas
também qualquer cidadão deve ser tratado com respeito e dignidade nos hospitais
brasileiros de qualquer cidade. Os mesmos respeito e dignidade com que devemos
tratar nossos vivos, todos os dias, e não transformá-los em heróis só após a
morte.
Visite também o Blog de
Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques.
Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário