quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O dia dos vivos

Ontem, ao me despedir dos amigos, desejava “feliz dia dos vivos”. Cemitérios ficam lotados. Na frente, coroas de flores e velas, muitas velas, para iluminar a alma dos que foram. Minha questão é: não seria mais lógico reverenciá-los e homenageá-los em vida? Nada contra o popular “Dia dos mortos”. Até participo dos rituais, principalmente porque dia 31 fez um ano da morte do meu pai, vítima do descaso no atendimento do Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira. E não me venham com essa história típica de cidade provinciana de que “morreu porque chegou a hora”. Pouco caso e irresponsabilidade profissional já mataram muita gente no Sistema Único de Saúde (SUS) do país, bem como o profissionalismo e a dedicação de muitos, já salvaram vidas. Não digo que meu pai estivesse vivo hoje. No entanto, não só ele, mas também qualquer cidadão deve ser tratado com respeito e dignidade nos hospitais brasileiros de qualquer cidade. Os mesmos respeito e dignidade com que devemos tratar nossos vivos, todos os dias, e não transformá-los em heróis só após a morte.

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