Que não me alinho a nenhum dos golpistas,
não resta a menor dúvida. Simpatizo com o PT e suas políticas públicas, também
não há dúvidas. Nada disto, porém, purga o Partido do seu maior pecado: ter
criados todas as condições para o Golpe. Inclusive, alimentou os usurpadores e
golpistas até que ganhassem força para arrancar Dilma Rousseff (PT) do poder.
Talvez o problema nem esteja no PT, mas, na soberba de um dos maiores líderes
políticos que o País teve, Luís Inácio Lula da Silva. Iludido com o luxo
característico das grandes festas, pensou que liderava os festeiros. Ao fim das
últimas eleições, o golpe estava forjado. O que arrancou Dilma do poder, no
entanto, foram três fatos básicos: condução desastrosa do processo de sucessão
na Câmara dos Deputados a ponto de deixar Eduardo Cunha (PMDB) chegar ao poder;
perda do apoio popular em função dos problemas na economia e da manipulação descarada
da mídia e voto ao aumento de 78% no salário do judiciário. Lula e o PT
poderiam ter mudado as relações políticas neste País. Preferiram se aliar às
velhas raposas que hoje retomam o poder e fazem de conta que nem os conhecem.
Para piorar, o PT sente-se tão envergonha (ou se sente tão odiado) que nega até
suas cores nas propagandas dos seus candidatos. A gênese do golpe talvez esteja
na cultura de subserviência dos brasileiros aos senhores feudais. Lula fez o
mesmo papel de senhor feudal no PT e no Brasil. Por não fazer nada para mudar
esta cultura, deu no que deu! Um preço que, nós, os brasileiros, não merecíamos
pagar. Dias sombrios virão! Mais uma vez a conta será espetada nos
trabalhadores.
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