Há postos de gasolina em Manaus que não se importam com os clientes. O que interessa é o lucro pelo lucro puro e simples. Alguns deles possuem quatro bombas, por exemplo. No entanto, durante o dia, um só frentista opera as quatro. O coitado (ou a coitada) desdobra-se para ligar uma bomba, recolher o dinheiro da outra, responder aos xingamentos de quem espera na terceira e por aí vai. A situação piora no período noturno. Três bombas são desativadas e o atendimento passa a ser feito apenas em uma bomba. É o tipo de exploração do servidor levado ao extremo. Dessa forma, o lucro deve ir às nuvens. É o que se pode chamar de capitalismo selvagem não apenas por ser praticado no meio da floresta amazônica.
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