O Aeroporto Plácido de Castro, em Rio Branco, no Acre, sofre de um problema congênito: os ventos de cauda. Ao que tudo indica, não se fez um estudo correto da direção dos ventos porque é impossível pilotos errarem tanto na hora do pouso. Ontem, o voo 1939, da Gol Linhas Aéreas, que se aproximava da pista por volta das 12h50min, arremeteu. Eu, que vinha lendo tranquilamente um livro, como sempre faço durante os vôos, olhei para o lado esquerdo e percebi que a aeronave se aproximava do solo e já tinha passado da sede do aeroporto sem tocar o chão. Nesse momento o piloto arremeteu e depois de alguns minutos avisou a todos os passageiros ventos de cauda impediram o pouso em função de a pista estar em obras e ter sido encurtada em 600 metros. Avisou também, que iria iniciar novo procedimento de pouso. O tal vento de cauda me fez lembrar do mês de agosto do ano de 2002 quando um avião Bandeirante da Rico Linhas Aéreas matou 23 pessoas exatamente no procedimento de aproximação. Oito sobreviveram. Não era exatamente um pensamento bom de ser ter na aproximação de um voo que fazia a segunda tentativa de pouso, mas, pensamentos não são controlados por computador. Uma coisa é certa: todo procedimento de pouso em Rio Branco é complicadíssimo. Há algum erro na construção da pista porque da grande aeronave ao pequeno avião, ninguém escapa de solavancos nada simpáticos todas as vezes que nos aproximamos da pista. Como bem disse o piloto da Gol, deve ser mesmo o tal vento de cauda.
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