Critico porque tenho o dever e o direito de criticar, tanto como cidadão quanto como eleitor de Luiz Inácio Lula da Silva nos dois governos. Não há termo de comparação entre o Governo Lula e o de Fernando Henrique Cardoso. Este último, é bem-verdade, lançou as bases para a era de bonança que o País atravessa. O primeiro soube como ninguém, equilibrar crescimento e distribuição de renda sem desagradar empresários, banqueiros e trabalhadores. Parafraseando o próprio presidente, nunca se investiu tanto em Educação neste País, e ainda é pouco. Há, porém, algo que não se justifica, por mais que se explique: as alianças espúrias com Sarney, Collor e Jader Barbalho, só para ficar em um trio. Por mais que Dilma Rousseff tenha dito que o PT aprendeu a governar, fazer aliança com essa gente é se curvar, sim, ao tipo de prática que eles sempre defenderam. A não ser que o PT esteja arrependido com a queda de Collor, por exemplo, uma vez que o mensalão foi muito pior do que um mero Fiat Elba. Desconhecer os avanços sociais do País é cegueira inadmissível, porém, aceitar o inaceitável é inconcebível para quem possui visão crítica. Jamais aceitarei que para fazer as mudanças estruturais necessárias ao País era preciso refinar um mecanismo de suborno com o foi (e nem sei se ainda acabou) o mensalão.
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