domingo, 29 de agosto de 2010

Subserviência extrema

Espanta-me a falta de combatividade política dos dois principais candidatos às eleições no Amazonas. Não fazem campanha para o povo, para os eleitores. Dizem amém ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esperam que Lula suba no palanque de um deles. Logo, não podem criticar a administração Braga. Criticá-la, apresentar as mazelas como o fracasso contumaz na educação, o superfaturamento de obras, obras não concluídas; recentemente o repasse de mais de R$ 7 milhões para as Ongs dos deputados estaduais, já na administração Omar; a distribuição de motores de rabeta, casas-de-farinha...são tantos os crimes eleitorais e a imensa maioria dos parlamentares ligados a um grupo ou outro (sempre fica a suspeita de que são do mesmo grupo) cala. Pisam em ovos com medo de que algo possa respingar no chefão. E Lula, inteligentemente, em nome do projeto maior de governo, ou seja, Dilma Rousseff, não diz com quem vai. O jogo, portanto, é apresentar números de pesquisa cada vez mais gordos para tentar seduzir Lula. Aparentemente Braga peitou Lula e lançou Omar. Quebrou acordos (como todo político o faz, caso não, não seria genuinamente político), empurrou Lula a também não manter a palavra dada a Alfredo Nascimento e bancou o jogo. Localmente, uma briga acirrada cujo fio condutor é a subserviência extrema ao presidente. Nunca vi algo tão semelhante a uma ditadura.

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