segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Bacalhau, urubu e outros animais

Houve um tempo, não muito distante, que me deixava levar pelas emoções de torcedor e acreditava que era possível “odiar mortalmente” o urubu, símbolo do Flamengo, e viver uma vida plenamente normal. Por outro lado, urubus se esbaldavam com bacalhau (símbolo do Vasco), nem sempre estragado, em batalhas memoráveis dentro de campo que, porém, se transferiam para a vida, após os jogos ou durante eles. Hoje, sou convicto de que há valores universais que precisar ser preservados em quaisquer momentos. Um deles é o respeito a todo ser vivo. Não dá para ser um ativista, defender o respeito às diferenças, e negar tudo isso quando Flamengo e Vasco se enfrentam, por exemplo. Tragédias muitas já ocorreram, e poderiam ser evitadas, se nós, os ditos humanos, exercitássemos o respeito em todas as situações, inclusive nos esportes, principalmente no futebol. Se os fins não justificam os meios na vida, também não devem justificar no esporte. O exercício da humildade e da autocrítica é salutar para uma vida melhor. Brincadeiras que envolvam bacalhau, urubu e outros animais não devem exceder o ponto exato de uma saudável brincadeira. Mas, como toda brincadeira, tem hora.

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