quinta-feira, 4 de julho de 2013

Um olho na formação outro na população

Quando vejo as manifestações do médicos contra a "invasão" de profissionais estrangeiros, ou seja, a proposta de contratação de médicos no exterior para cuidar da saúde do brasileiro, embora não tenha dados técnicos suficientes para me manifestar com segurança, fico com algumas pulgas não só atrás das orelhas, mas também, no corpo inteiro. A primeira delas é: será que os médicos estão mesmo preocupados com a saúde da população? Lá no fundo, preocupam-se por conta da possível deficiência na formação destes contratados ou querem, na verdade, manter a reserva de mercado para os médicos formados no Brasil? A tradição cartorial brasileira criou a figura da "revalidação dos diplomas" para barrar a livre circulação de profissionais. Penso que o problema é muito mais complexo do que se nos apresenta. Não pode ser visto meramente pela lente da reserva de mercado, assim como, não se deve imaginar a que a contratação de médicos estrangeiros "salvará" o sistema de saúde brasileiro. É preciso não relativizar nenhuma das formas de olhar o problema para que se chegue a uma solução que seja melhor para a população.


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Um comentário:

  1. Bebemos a mesma ideia. Para ilustrar a revalidação: aqui em Roraima tem um deputado que tem dupla nacionalidade (Venezuela,a segunda). Uma das suas bandeiras é desburocratização da revalidação. Segundo ele o Brasil não reconheceu seu diploma de ensino médio venezuelano, mas foi aceito nos EUA. Da mesma forma a Venezuela aceito a pós dos EUA, mas o Brasil não. É por aí...

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