Àquele
sono que sentimos logo após três ou quatro pratos de caldo de bodó se deu o
nome de leseira baré. Com o tempo, ganhou, também, o sentido de bestança,
leseira, babaquice e quetais. Em quaisquer dos sentidos que expressão possui,
no entanto, não se pode admitir que, após o começo da Copa do Mundo de 2014,
esqueçamos que fomos às ruas, protestamos contra a destruição do Vivaldo Lima e
a construção de um paneiro estilizado (Paneirão é o melhor nome) que, agora,
atende pelo nome de Arena da Amazônia. Meu gosto por jogos de futebol não mudou.
Porém, mantenho a convicção de que uma entidade privada chamada FIFA não tem o
direito de interferir tanto na vida de um País a ponto de mudar até as Lei de
licitações, que criou facilidades para quem enfiou a mão no dinheiro público
sob a égide da Copa. O fato de protestar contra a Ponte do Bilhão não me faz
deixar de atravessá-la. Assim como, o fato de ir ao Paneirão não significa que
passei a aprová-lo. Pode ser o mais belo, o Estado que recebe com mais calor
(em todos os sentidos) o turista, pode ser, inclusive, a melhor Copa do Mundo
de todos os tempos. Contudo, não esqueço que prometeram o céu e, até agora,
entregaram arenas e aeroportos inacabados. E não tem nenhum tipo de leseira que
me faça desconhecer fatos.
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