segunda-feira, 16 de junho de 2014

A Copa da leseira baré

Àquele sono que sentimos logo após três ou quatro pratos de caldo de bodó se deu o nome de leseira baré. Com o tempo, ganhou, também, o sentido de bestança, leseira, babaquice e quetais. Em quaisquer dos sentidos que expressão possui, no entanto, não se pode admitir que, após o começo da Copa do Mundo de 2014, esqueçamos que fomos às ruas, protestamos contra a destruição do Vivaldo Lima e a construção de um paneiro estilizado (Paneirão é o melhor nome) que, agora, atende pelo nome de Arena da Amazônia. Meu gosto por jogos de futebol não mudou. Porém, mantenho a convicção de que uma entidade privada chamada FIFA não tem o direito de interferir tanto na vida de um País a ponto de mudar até as Lei de licitações, que criou facilidades para quem enfiou a mão no dinheiro público sob a égide da Copa. O fato de protestar contra a Ponte do Bilhão não me faz deixar de atravessá-la. Assim como, o fato de ir ao Paneirão não significa que passei a aprová-lo. Pode ser o mais belo, o Estado que recebe com mais calor (em todos os sentidos) o turista, pode ser, inclusive, a melhor Copa do Mundo de todos os tempos. Contudo, não esqueço que prometeram o céu e, até agora, entregaram arenas e aeroportos inacabados. E não tem nenhum tipo de leseira que me faça desconhecer fatos.


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