Ao
final das eleições fiz um balanço: por que, votei mesmo no PT? Uma amiga, no
Facebook, disse-me:"Professor, acompanho suas postagens há tempos e jurava
que o senhor votava no PSDB". Ela, certamente, se referia às críticas
contumazes que sempre fiz à corrupção, ao aparelhamento do Estado e à
dificuldade que o PT tem em admitir a corrupção nas suas hostes e cortar na
carne para dar o exemplo ao Pais. Pensei, pesei muito e vi que este não poderia
ser o único critério a levar em conta para decidir meu voto. O País mudou sim,
do ponto de vista social e do respeito às minorias. E mudou para melhor. Como a
corrupção era um traço intrínseco ao PT e ao PSDB, pois sei bem como eles
compraram a reeleição do FHC e iniciaram ali o que, longos anos depois,
receberia o nome de Mensalão, não podia eliminar o PT por corrupção. Deu
empate. Só me restava comparar a forma como os dois partidos olham para o
Brasil e para os brasileiros. Aí o PT ganhou com folga. Ainda assim, durante a
campanha, militantes do PSDB e o próprio candidato, Aécio Neves, me fizeram
crer, por alguns momentos, que tinham mudado. Tudo mentira. Bastou sair o
resultado das eleições para mostrarem a verdadeira cara do PSDB. Romeu Tuma Jr propôs,
no Facebook, a divisão do Brasil entre os que votaram em Aécio e os que votaram
em Dilma. O coronel Paulo Telhada, vereador do PSDB de São Paulo foi mais longe
e refinou a proposta de Tuma:"Porque
devemos nos submeter a esse governo escolhido pelo norte e Nordeste?"
Agora meus leitores e leitoras entendem o porquê de eu não votar no PSDB? Somemos
a isso os ataques odiosos e preconceituosos aos pobres, aos nordestinos, aos
adversários e aos negros após a derrota. O PSDB mostrou a verdadeira cara e me
deixou muito mais leve e menos culpado por ter votado no PT.
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