Um texto compartilhado por uma das pessoas mais
brilhantes que não conheço (isso mesmo, não a conheço pessoalmente), Francilene
Brilhante, “Por
que não sou ‘contra’ Bolsonaro”, provocou em mim um efeito que a mim mesmo
me parecia incialmente estarrecedor: voltei a citar, inclusive, o nome de quem,
ultimamente, só denominava “Inominável”, “Besta-fera” ou “Coiso” parecida. Você,
meu caro leitor, minha cara leitora, se quiser parar por aqui, clicar no link
do texto de Ricardo Alexandre, faça-o. Talvez melhore sua vida e seu domingo
fique um pouco menos carregado. Caso queira me dar o prazer da leitura, seja
bem-vindo ou bem-vinda. Mas, não deixe de ler o texto sugerido. Meu domingo já
ficou melhor antes de escrever este texto.
Pouco afeito aos “textões” da Internet e mais “chegado”
a um bom livro, li, com calma, o texto de Alexandre. Cada palavra, cada fato
histórico por ele relembrado provocou em mim uma espécie de “desvendamento”.
Foi fácil concluir que, como ele, meu negócio não é “contra Bolsonaro”. Tenho
aversão e ojeriza em relação às ideias que ele defende. Relativamente aos
seguidores e seguidoras dele, reafirmo: a cegueira política é uma doença que tem
cura. Desde que a pessoa tenha consciência que está doente e tome o medicamento
adequado: informações, no mais dos casos, por meio da leitura. Muitas das
vezes, de textos mais longos, demorados e profundos, coisa que a Era das Mídias
Digitais parece abominar.
Em “A
elite do atraso”, Jessé Souza, desvenda, com todas as letras, a crueldade e
o atraso da nossa elite. Muito além de o quê nos mostra Ricardo Alexandre, a “mentalidade
Bolsonaro” tem nome, endereço e CPF. E parece ser resultado de um fenômeno que
Paulo Freire já alertava: o oprimido que passa a opressor. Bolsonaro como ser
(nem sei se é humano) merece, na pior das hipóteses, compaixão. Mas, a “mentalidade
Bolsonaro”, sintetizada em misoginia, fascismo, racismo, homofobia e todos os
demais tipos de ódios, merece meu desprezo. Embora, em alguns momentos, minhas
falas parecessem misturar uma coisa com a outra, hoje entendi, de forma
cristalina, que não sou contra Bolsonaro, mas, tudo de ruim que a mentalidade
dele e de seus seguidores e seguidoras representam. Quando muitos consideravam
que o País tinha avançado e não havia mais clima para uma ditadura (nunca
estive neste time, sempre considerei que havia apenas ódio reprimido), estamos,
por um triz, de dois ditadores voltarem ao poder por meio do voto. Por isso,
#elenunca!
Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!
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