sábado, 13 de outubro de 2018

Educação com milho, feijão ou arroz


Lembro-me bem das sessões mirins de tortura: eram caroços de milho, de feijão ou de arroz. Ou os três juntos! Em alguns casos, as lágrimas desciam pelos cantos dos olhos. E, se chorássemos, dobrava o tempo de permanência. Quem já passou por isso? Muita gente deve ter passado. E, pela lógica educacional vigente à época, eu também deveria educar meus filhos da mesma forma. Seria este o método hereditário de educação? Talvez em função disso e de alguns flashes da infância, eu também tenha cometido muitas atrocidades. Mas, graças ao controle social, aos amigos e colegas da universidade com os quais discuto processos sociais e aos livros, tenho evoluído dia após dia. Ali, naqueles momentos, não havia só a intenção de educar. Havia um prazer sádico que, talvez, seja o que move as pessoas, hoje, a optar pela tortura. Oras, se na minha infância por “um erro, um roubo”, eu era condenado à tortura, porque não o fazer agora, de novo? Se eu aprendi com a dor, por que o Brasil não pode aprender também? Talvez seja isso. Talvez não. Há, porém, nos olhos de algumas pessoas, pelos vídeos que tenho visto, não só ódio, mas, um prazer sádico em por agredir pretos, nordestinos, gays, mulheres. A possibilidade de cura existe. Mas, duvido muito que seja com milho, feijão e arroz!

Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!

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