Lembro-me bem das sessões mirins de tortura: eram
caroços de milho, de feijão ou de arroz. Ou os três juntos! Em alguns casos, as
lágrimas desciam pelos cantos dos olhos. E, se chorássemos, dobrava o tempo de
permanência. Quem já passou por isso? Muita gente deve ter passado. E, pela lógica
educacional vigente à época, eu também deveria educar meus filhos da mesma
forma. Seria este o método hereditário de educação? Talvez em função disso e de
alguns flashes da infância, eu também tenha cometido muitas atrocidades. Mas,
graças ao controle social, aos amigos e colegas da universidade com os quais
discuto processos sociais e aos livros, tenho evoluído dia após dia. Ali,
naqueles momentos, não havia só a intenção de educar. Havia um prazer sádico
que, talvez, seja o que move as pessoas, hoje, a optar pela tortura. Oras, se
na minha infância por “um erro, um roubo”, eu era condenado à tortura, porque não
o fazer agora, de novo? Se eu aprendi com a dor, por que o Brasil não pode
aprender também? Talvez seja isso. Talvez não. Há, porém, nos olhos de algumas
pessoas, pelos vídeos que tenho visto, não só ódio, mas, um prazer sádico em
por agredir pretos, nordestinos, gays, mulheres. A possibilidade de cura
existe. Mas, duvido muito que seja com milho, feijão e arroz!
Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!
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