domingo, 6 de março de 2016

A cultura do agrado

Lembrei-me da época que fui Editor de Esportes do Jornal Amazonas em Tempo. Certa vez, meus dois repórteres foram convidados pelo treinador de um dos times de futebol digamos, mais conceituados da cidade. Ele queria almoçar com os repórteres. Como naquela época eu já era “macaco velho”, disse a eles: “Vocês vão ao almoço sem problemas. Mas, paguem, e tragam a Nota Fiscal que terão o ressarcimento do valor gasto”. Naquela época, e faz muito tempo, alguns treinadores locais já faziam o que, depois, Wanderlei Luxemburgo foi acusado de fazer costumeiramente: escalar jogadores medíocres, “alavancar” a carreira deles com ajuda de jornalistas e ganhar uns trocados com a transferência. Assim funcionava a cultura do agrado. Destroçamos todas as possibilidades e mantivemos a boa educação. Recusar convite para um almoço não soa bem. Parece má-educação. Deixar que quem convida pague o almoço sendo interessado direto não convém. Nenhum servidor, público ou privado, deve ser só honesto. Tem de parecer honesto. Se um “convidante” para todas as contas, depois, vai se sentir no direito de cobrar alguma recompensa. Assim funciona a humanidade. E, se você não quiser ser algo nem de ataques nem de achaques, previna-se!


Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário