Se pairam
suspeitas sobre os políticos, inclusive a mandatária do País, o equivalente à
Suprema Corte norte-americana, o Supremo Tribunal Federal (STF) também está com
a credibilidade por um fio, refém de um sistema de escolha de Ministros que os
coloca sob suspeita em função de quem os indicou. Se não, em função da postura
pública que assumem, como se tivessem que fazer política e não aplicar a Lei.
Como em uma decisão de campeonato de futebol, para piorar, as decisões parecem
ser afetadas (e afetam) os apaixonados torcedores. De um lado há os que
comemoram como se fosse um gol de placa as decisões de Gilmar Mendes (herança
do PSDB no STF). Do outro, quando Teori Zavascki (recém-indicado pelo PT)
aplica a canetada, os partidários do PT vibram e seus inimigos viscerais
espumam de ódio. O Brasil se transformou em uma disputa similar aos Bois de
Parintins. Misturar justiça, festival folclórico e os destinos políticos do
País deixa sob suspeita todos os poderes. Sem poderes fortes a democracia fica
fragilizada.
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