Estupefato! Assim
estou com a viseira coletiva impingida por uma associação entre atos de extrema
violência, similares às torturas dos anos de chumbo do regime de exceção. Da janela
virtual, vejo até quem se intitula intelectual do País das Jararacas, a
aplaudir a estratégia claramente de um estado de exceção: a de prender pessoas
e mantê-las na cela até que se obtenha a tão saudada “delação premiada”. Sem
ser operador do direito, entendo, que em um estado democrático de direito, a
delação premiada só se justifica se for espontânea. Em não sendo assim, não
passa de medicamento genérico ou similar ao usado nos porões da ditadura. Tortura-se
até se obter a confissão, modernamente pintada com a expressão aceita e
comemorada por muitos torturadores: delação premiada. É como se tivesse
instalado um pau-de-arara para se expor as pessoas à vergonha até que ela não
tenha mais resistência e entregue os pontos. Posso estar equivocado, mas, na
minha visão de leigo (não operador do direito) não há outro nome: é tortura. Se
há suspeitas de corrupção, que sejam apuradas a fundo. Escolher um criminoso e
não sossegar até obter provas, nem que para isso se use a tortura como meio é
um caminho perigoso e sem volta. Investigador bom e competente não depende de
delator, trabalha e obtém as provas. É o que se espera de um trabalho sério de
investigação.
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Me lembrou um célebre poema. Parafraseando-o, me parece que já passaram da fase de roubar flores do nosso jardim. Até quando poderemos/conseguiremos dizer algo?
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