Atualmente nem os gerentes
dos bancos estatais escapam do que se pode denominar de “agiotagem oficializada”.
Tudo começa quando você, levado pelo descontrole nos gastos, usa aqui e acolá o
limite do cheque especial, ainda que seja um valor ínfimo. Um ou dois meses
depois você recebe um telefonema muito amigável da sua (ou do seu) “gerente de
conta”. Essa figura, na minha simples humildade, seria aquela pessoa que o
Banco, inclusive o Banco do Brasil, põe na tua vida para te ajudar a equilibrar
as finanças e usar bem o teu dinheiro. E é esse o discurso oficial dela e dos
bancos. No entanto, o que acontece, na verdade? São funcionários muito bem treinados
para não deixar que nunca mais você viva sem dever ao banco. Pois bem, naquele
telefonema, a cândida figura diz algo assim: “... o senhor já usa o limite do
Cheque Especial há dois meses. Como o senhor sabe, os juros do cheque especial
são altíssimos. Temos uma proposta: que tal um empréstimo, com juros menores,
para cobrir os valores do cheque especial? Podemos, também, antecipar o seu 13°
com os menores juros do mercado”. Bem-treinados (ou treinadas) para isso,
sempre conseguem ou que você faça um empréstimo, quite o valor do Cheque
Especial e, meses depois, esteja usando o Cheque Especial de novo. Ato
contínuo, novo telefone amigo. Aí, você nem vê a cor do seu 13° salário. Em um
ano, como muito carinho, você pode estar a dever empréstimo, cheque especial e 13°
salário. Prepare-se! Telefonemas mais carinhosos serão recebidos no Ano Novo.
Liberte-se se for capaz!
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