sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Agiotagem, com carinho, até dos bancos estatais

Atualmente nem os gerentes dos bancos estatais escapam do que se pode denominar de “agiotagem oficializada”. Tudo começa quando você, levado pelo descontrole nos gastos, usa aqui e acolá o limite do cheque especial, ainda que seja um valor ínfimo. Um ou dois meses depois você recebe um telefonema muito amigável da sua (ou do seu) “gerente de conta”. Essa figura, na minha simples humildade, seria aquela pessoa que o Banco, inclusive o Banco do Brasil, põe na tua vida para te ajudar a equilibrar as finanças e usar bem o teu dinheiro. E é esse o discurso oficial dela e dos bancos. No entanto, o que acontece, na verdade? São funcionários muito bem treinados para não deixar que nunca mais você viva sem dever ao banco. Pois bem, naquele telefonema, a cândida figura diz algo assim: “... o senhor já usa o limite do Cheque Especial há dois meses. Como o senhor sabe, os juros do cheque especial são altíssimos. Temos uma proposta: que tal um empréstimo, com juros menores, para cobrir os valores do cheque especial? Podemos, também, antecipar o seu 13° com os menores juros do mercado”. Bem-treinados (ou treinadas) para isso, sempre conseguem ou que você faça um empréstimo, quite o valor do Cheque Especial e, meses depois, esteja usando o Cheque Especial de novo. Ato contínuo, novo telefone amigo. Aí, você nem vê a cor do seu 13° salário. Em um ano, como muito carinho, você pode estar a dever empréstimo, cheque especial e 13° salário. Prepare-se! Telefonemas mais carinhosos serão recebidos no Ano Novo. Liberte-se se for capaz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário